A Verdadeira Religião para Baruch Espinosa

Por: Ryath (Inspirado pelos Mentores Espirituais)

Baruch Espinosa, o filosofo, ensinava que existe dois aspectos da religião, que é a exterior e a interior.
A religião exterior é aquela que percebemos pelo que vestimos, o local espiritual que frequentamos, como o templo, e a linguagem que usamos, pois, cada crença tem seu modo de se expressar.
A vestimenta da religião e o templo dela, que tem o eu estilo, sua decoração própria, são aspectos exteriores das quais dá para saber a religião que uma pessoa frequenta, como comprar uma camisa com a imagem de Nossa Senhora, então deduzimos que a pessoa que a veste é católica.
A religião interior é aquela que tem a ver como a forma que vivemos, como tratamos as pessoas e Deus.

 


Para Espinosa a religião verdadeira é a interior, não a exterior.
A religião vulgar é aquela que só se preocupa com aspectos externos.
Existem pessoas que não absorvem os ensinamentos religiosos, apenas vão a um templo, se vestem e falam igual ao modo dessa religião, mas não absorve os ensinamentos internos.
A pessoa que só liga para o lado externo, mas não se importa com o interno, é uma forma de futilidade.
A religião deve nos moldar para melhor, afim de nos aprimorarmos, evoluirmos, nos transmutarmos, tudo isso é muito bom.
Muitas pessoas apenas fingem e mentem que seguem internamente uma religião, muitas vezes enganam até mesmo si mesmos, mas não vivem a crença em profundidade.  
Uma pessoa não se mede pelo que fala, mas sim pelo que faz.
Espinosa fala da influência dos ensinamentos religiosos de uma crença na sociedade, que ajuda a manter a ordem e a integridade dos seus cidadãos ensinando a fazerem o bem e não o mal, como não matar, roubar e etc. Isso é fruto da religião interna.

 


As leis e mandamentos religiosos surgem dentro de contextos históricos, ensinando o que as pessoas deveriam aprender em determinada época e local.
Uma sociedade que comunga de leis religiosas, é diferente de outras que possuem outras leis, assim Espinosa diz que não se pode forçar uma pessoa a ter uma crença, pois é distante de sua cultura que tem regras diferentes, que foram necessários para a sociedade em que viveu, diferente da do outro.
Leis são regras que são impostas, como não pecar ou seguir os dez mandamentos, estes ditames são leis implantadas pela religião.
Espinosa diz que é muito melhor que existam regras e leis que deixam a sociedade em ordem.
Espinosa enxergar as leis religiosas como fazendo bem a sociedade, mas elas não tem somente esse lado, pois também transformam os indivíduos, os deixando pessoas melhores.
Para nós que acreditamos no progresso da alma em nossa crença de karma e reencarnação, evoluir espiritualmente é melhorar, é sair de algo pior e ir para algo melhor, assim vamos nos aperfeiçoando e melhorando, mudando de comportamentos, isso é o que os espiritas chamam de reforma interna, da qual também afirmam que a forma mais eficiente de faze-la é o autoconhecimento.
Porém Espinosa, diferente do que as religiões ensinam, ele diz que essas regras não são eternas, pois cada um acredita somente em sua fé, não em outras, e não percebem que o contexto social muda, e as necessidades de sociais também, assim com o passar do tempo que traz a mudança, o que deixa uma sociedade em ordem muda.
As regras trazem ordem, isso é o uso da lei.
Eu em particular não concorde plenamente com Espinosa, pois existe roubo, assassinato, traição, maldade, desde que a sociedade existe, e isso nunca mudou.
Então as regras que visam acabar com esses comportamentos sempre foram uteis.
O ser humano sempre teve inveja, rancor, mágoa, vaidade, orgulho, soberba e etc. Então as Leis que regulam a sociedade e a individualidade de cada um ainda são uteis.
As leis impostas por uma religião é a mesma que as outras, exceto o fato que algumas religiões as põe como obrigação e outras não, deixando o livre arbítrio de cada um exercer sua função.
Por exemplo, tanto o Budismo como o Cristianismo ensinam a não matar, roubar, não ser orgulhosos ou envaidecido e etc.
Más ações causam karmas, segundo acreditamos.
As religiões, na maioria das vezes, colocam que essas regras, leis, são trazidas por Deus. Espinosa nos ensina isso.
Cada religião acredita que ela está certa e as outras erradas, mas isso não é totalmente verdade, pois existe o universalismo, que é a crença que todas as religiões tem suas verdades e funcionalidade, e para essa crença funcionar devemos levar em conta o fator humano, que erra mesmo bem intencionado ou mau intencionado, coisas que acontecem nas crenças.
A Bíblia foi escrita por autores humanos, como os evangelhos de Lucas, Pedro, Marcos, Mateus e João, que foram apóstolos de Jesus, assim como ouve edição desse livro sagrado cristão, decidindo o que fica nele ou não.
A Bíblia é vista como uma obra escrita por Deus pelos cristãos.
Deus nunca erra, mas o fator humano sim, e existe este fator no livro sagrado.
Espinosa também fala da intolerância religiosa, que surge, como falamos, por cada um achar que a sua é única e verdadeira, criando conflitos, intolerâncias e pré-conceitos.
No decorrer de nossa história humana, Espinosa fala das guerras religiosas que existem.
Espinosa também sofreu perseguição religiosa por causa de sua filosofia, de coisas que estamos expondo aqui neste texto.
Para Espinosa o preconceito, a violência e a dor gerada pela incitação da fé do outro eram muito ruins.
Para Espinosa o preconceito, incitação e ódio dos outros por causa de religião, eram uma fé errada, não era verdadeira.
Baruch nos ensina que a verdadeira fé é a que torna um ser humano justo, altruísta, bondoso e com amor.
A raiva ensinada pela fé do outro ser diferente não era uma religião verdadeira, pois prega coisas que enchem o coração das pessoas de emoções ruins, toxicas.
Raiva, ódio e falta de aceitação do outro não são o amor.
Como podemos provar hoje em dia, pelas redes sociais, como as pessoas são intolerantes com quem pensa diferente, tanto em ideologias, religiões, o que eles acreditam para a sociedade e etc.
As pessoas são muito intolerantes e brigam muito nas redes sociais por causa de pontos de vista diferentes, não vivenciando o que Baruch chamava de a verdadeira religião.
E você, deseja ser um ser humano melhor?
Deseja aceitar o ponto de vista do outro ser diferente do seu?
As religiões ensinam a justiça e o amor, todas as que são da luz, mas se contradizem ao ensinar errado a intolerância também.
Existem esses dois tipos de pregação na religião, a falta de aceitação da crença do outro, assim como amar esse outro, e as pessoas não percebem isso.
Muita gente não aceita a fé do outro e diz que é tolerante.
As pessoas cometem contradições e não percebem isso.
Baruch ensina que a melhor forma de se viver é com a justiça e o amor.
Platão e Sócrates na filosofia antiga ensinavam que só possível ser feliz, sendo bom.
Para Espinosa, a sociedade deveria proporcionar a justiça e o amor, ensinar isso, para vivermos em uma sociedade cada vez melhor.   
A vida justa e boa levam a beatitude, segundo Baruch.
Baruch ensinava que o modo de vida de amor e justiça deveriam ser ensinados, assim teríamos uma sociedade muito melhor.
Existem pessoas que seguem uma religião, e a religião ensina também a justiça e o amor, mas existem as pessoas que não seguem isso.
Para Espinosa a religião só é boa quando ensina o amor e a justiça, não a raiva e o preconceito.
Sagrado é o amor, não o ódio.
A Bíblia pode ensinar o amor e a justiça, mas a intolerância também, assim como muitas obras religiosas, e elas só são sagradas para o filosofo que é tema deste texto, quando ensinam o que é bom, não o que é mau.
Então para uma obra ser considerada sagrada tem que ter uma boa relação com o coração de quem lê.
Para Espinosa, qualquer obra que ensine o amor e a justiça se igualavam a Bíblia, quando ela também fazia isso.
Qualquer coisa que leve a pessoa a uma vida com amor e justiça é a religião verdadeira, já a que ensina os maus pensamentos e emoções não.
Religiosos que faziam perseguições e perseguiam os outros, não eram religiosos para Espinosa.
Espinosa viveu em uma época de muita intolerância, e não foi aceito pelas religiões e religiosos de sua época, ele era muito mal falado e odiado. Porém ele deixou um legado filosófico muito bom, entrando na história.
E você, deseja ser um bom religioso ou não?
Já parou para pensar quando você é intolerante e quando não é?
Já parou para pensar aonde segue o amor e aonde não segue?
Quer evoluir espiritualmente ou estagnar nesse sentido?
Se olhar e se ver é autoconhecimento.

 

 

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